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DINHEIRINHO E DINHEIRÃO NA FAZENDA
Eu gosto de dividir o gerenciamento de uma fazenda em dois tipos de abordagens. Uma de cunho mais macro e outra de cunho mais micro.
Vou explicar.
Quando dissemos que algo é relacionado ao macro, estamos nos referindo à questões macroeconômicas, ou seja, ciclos de mercado, ciclos econômicos e às demais condições de mercado.
Estas questões são importantes para a fazenda, é claro. Porém, como você deve bem saber, elas estão fora do controle do gestor ou fora do controle da fazenda. São fatores externos.
Já a outra abordagem, aquela que chamamos de micro, está relacionada à questões microeconômicas. Ou seja, estão relacionadas à economia das empresas.
Como você também deve bem saber, tais questões também são importantes para a fazenda. Só que ao contrário do que falamos antes, as questões microeconômicas estão dentro do controle do gestor. São questões internas.
E por qual motivo estou falando sobre isso?
Bom, porque como eu disse logo no início do texto, eu acredito que existem essas duas abordagens para gerenciar uma fazenda.
Ambas podem ser boas e podem fazer você ganhar dinheiro com a propriedade e rentabilizar o capital que está investido na fazenda.
Porém, eu não gosto e, consequentemente, não trabalho e nem recomendo a abordagem macro. Esta é a abordagem que podemos chamar de dinheirinho.
Este tipo de visão é mais curto-prazista, mais focada em mercado, em preços, em tendências etc.
E eu acredito que há muito mais valor a ser extraído quando passamos para uma abordagem micro. Ou seja, uma abordagem de trabalhar a gestão da fazenda com foco naquilo que podemos controlar (os fatores internos).
Essa abordagem é a que eu chamo de dinheirão na fazenda.
Eu vou explicar um pouco mais essa ideia central do texto de hoje, mas antes eu deixo aqui uma recomendação de leitura para o seu fim de semana.
É um artigo que eu escrevi no ano passado sobre ciclos de mercado. Nele você poderá ver claramente como os mercados são cíclicos e, sendo assim, uma abordagem macro se torna um completo jogo de sorte ou azar.
Você pode baixar o artigo gratuitamente por meio deste link.
Mas voltando.
Dá pra ganhar dinheiro com uma uma “gestão macro”? Sim, claro que dá.
Estamos falando daqueles casos em que o produtor toma a maior parte das decisões (ou até mesmo todas) com base no mercado.
Se os preços estão bons e as tendências favoráveis, ele investe mais, planta mais, compra mais gado etc.
E nas condições de mercado opostas, ele fecha a mão.
Não há nada de errado com isso e, como dito, dá pra ganhar dinheiro assim. Mas você já pode imaginar o quanto os resultados (lucros e rentabilidade) da fazenda ficam oscilantes.
Além disso, ao pensarmos no longo prazo (10, 20 ou mais anos - lembre-se que fazendas, geralmente, são negócios de gerações), tal abordagem se torna ainda mais incerta, pois nunca sabemos quando o mercado irá virar (seja pra baixo ou pra cima). Leia o artigo sugerido e você poderá ver e entender claramente o que estou querendo te dizer.
É por estas questões que considero a abordagem micro muito mais vantajosa, porque acredito que é nela que está o dinheirão pra ser ganho com a fazenda.
Focar no seu próprio negócio. Nas características da sua própria fazenda.
Neste caso, estamos falando dos produtores que tomam decisões com base nos números da própria fazenda. Nas margens de lucros que o negócio está entregando, nas rentabilidades históricas e média, na margem de contribuição, nos percentuais de custo fixo e variável, na intensidade de capital, no giro do ativo etc. etc. etc.
Isso no longo prazo tende a ser muito mais lucrativo, porque é como se houvesse um processo de melhoria contínua na fazenda que a deixasse sólida e preparada para qualquer condição de mercado (macro).
Mas, como você já pode imaginar, somente a minoria da minoria dos produtores têm essa abordagem micro, porque ela é mais difícil, tem que ter um nível maior de dedicação, tem que pensar mais, tem que analisar mais, tem que fazer uma gestão mais profissional.
A abordagem macro é muito mais cômoda e fácil. No final das contas não precisa nem de muito trabalho, basta olhar pro mercado e tomar suas decisões.
Como disse antes, dá pra ganhar dinheiro com as duas metodologias. Mas, eu acredito muito mais na abordagem micro para ganhar o dinheirão.
Termino com um exemplo prático de um produtor de pecuária de corte que tive contato no final do ano passado para exemplificar tudo que foi dito.
Aproximadamente 4.200 cabeças de gado, margem de contribuição de apenas 18%, margem operacional de somente 3,3% e 93% dos custos sendo variáveis.
Decisão tomada pelo produtor: aumentar produção (expansão) com base nos bons preços de mercado e nas tendências positivas. Decisão com foco e abordagem macro.
Do ponto de vista micro, os números não estavam mostrando grande desempenho. E isso, consequentemente, indicava decisões com maior foco em otimização da fazenda e não na expansão.
De um lado temos uma abordagem mais especulativa. No outro temos uma visão mais construtiva e de desenvolvimento do negócio com foco na geração de valor no longo prazo.
Eu fico com a segunda, e você?
Vou explicar.
Quando dissemos que algo é relacionado ao macro, estamos nos referindo à questões macroeconômicas, ou seja, ciclos de mercado, ciclos econômicos e às demais condições de mercado.
Estas questões são importantes para a fazenda, é claro. Porém, como você deve bem saber, elas estão fora do controle do gestor ou fora do controle da fazenda. São fatores externos.
Já a outra abordagem, aquela que chamamos de micro, está relacionada à questões microeconômicas. Ou seja, estão relacionadas à economia das empresas.
Como você também deve bem saber, tais questões também são importantes para a fazenda. Só que ao contrário do que falamos antes, as questões microeconômicas estão dentro do controle do gestor. São questões internas.
E por qual motivo estou falando sobre isso?
Bom, porque como eu disse logo no início do texto, eu acredito que existem essas duas abordagens para gerenciar uma fazenda.
Ambas podem ser boas e podem fazer você ganhar dinheiro com a propriedade e rentabilizar o capital que está investido na fazenda.
Porém, eu não gosto e, consequentemente, não trabalho e nem recomendo a abordagem macro. Esta é a abordagem que podemos chamar de dinheirinho.
Este tipo de visão é mais curto-prazista, mais focada em mercado, em preços, em tendências etc.
E eu acredito que há muito mais valor a ser extraído quando passamos para uma abordagem micro. Ou seja, uma abordagem de trabalhar a gestão da fazenda com foco naquilo que podemos controlar (os fatores internos).
Essa abordagem é a que eu chamo de dinheirão na fazenda.
Eu vou explicar um pouco mais essa ideia central do texto de hoje, mas antes eu deixo aqui uma recomendação de leitura para o seu fim de semana.
É um artigo que eu escrevi no ano passado sobre ciclos de mercado. Nele você poderá ver claramente como os mercados são cíclicos e, sendo assim, uma abordagem macro se torna um completo jogo de sorte ou azar.
Você pode baixar o artigo gratuitamente por meio deste link.
Mas voltando.
Dá pra ganhar dinheiro com uma uma “gestão macro”? Sim, claro que dá.
Estamos falando daqueles casos em que o produtor toma a maior parte das decisões (ou até mesmo todas) com base no mercado.
Se os preços estão bons e as tendências favoráveis, ele investe mais, planta mais, compra mais gado etc.
E nas condições de mercado opostas, ele fecha a mão.
Não há nada de errado com isso e, como dito, dá pra ganhar dinheiro assim. Mas você já pode imaginar o quanto os resultados (lucros e rentabilidade) da fazenda ficam oscilantes.
Além disso, ao pensarmos no longo prazo (10, 20 ou mais anos - lembre-se que fazendas, geralmente, são negócios de gerações), tal abordagem se torna ainda mais incerta, pois nunca sabemos quando o mercado irá virar (seja pra baixo ou pra cima). Leia o artigo sugerido e você poderá ver e entender claramente o que estou querendo te dizer.
É por estas questões que considero a abordagem micro muito mais vantajosa, porque acredito que é nela que está o dinheirão pra ser ganho com a fazenda.
Focar no seu próprio negócio. Nas características da sua própria fazenda.
Neste caso, estamos falando dos produtores que tomam decisões com base nos números da própria fazenda. Nas margens de lucros que o negócio está entregando, nas rentabilidades históricas e média, na margem de contribuição, nos percentuais de custo fixo e variável, na intensidade de capital, no giro do ativo etc. etc. etc.
Isso no longo prazo tende a ser muito mais lucrativo, porque é como se houvesse um processo de melhoria contínua na fazenda que a deixasse sólida e preparada para qualquer condição de mercado (macro).
Mas, como você já pode imaginar, somente a minoria da minoria dos produtores têm essa abordagem micro, porque ela é mais difícil, tem que ter um nível maior de dedicação, tem que pensar mais, tem que analisar mais, tem que fazer uma gestão mais profissional.
A abordagem macro é muito mais cômoda e fácil. No final das contas não precisa nem de muito trabalho, basta olhar pro mercado e tomar suas decisões.
Como disse antes, dá pra ganhar dinheiro com as duas metodologias. Mas, eu acredito muito mais na abordagem micro para ganhar o dinheirão.
Termino com um exemplo prático de um produtor de pecuária de corte que tive contato no final do ano passado para exemplificar tudo que foi dito.
Aproximadamente 4.200 cabeças de gado, margem de contribuição de apenas 18%, margem operacional de somente 3,3% e 93% dos custos sendo variáveis.
Decisão tomada pelo produtor: aumentar produção (expansão) com base nos bons preços de mercado e nas tendências positivas. Decisão com foco e abordagem macro.
Do ponto de vista micro, os números não estavam mostrando grande desempenho. E isso, consequentemente, indicava decisões com maior foco em otimização da fazenda e não na expansão.
De um lado temos uma abordagem mais especulativa. No outro temos uma visão mais construtiva e de desenvolvimento do negócio com foco na geração de valor no longo prazo.
Eu fico com a segunda, e você?